Redaçom/ 27/01/12
A Audiência Provincial corunhesa vem de arquivar a denúncia da fiscalia contra umha família sadense, à que acusava de "abandono de família" por se negarem a abandonar cada dia na porta da escola os seus três filhos. A família, que escolheu seguir o caminho da educaçom na casa (mais conhecida como 'home schooling' por ser umha prática procedente dos países anglosaxons, onde é comum), inscreveu as crianças numha instituiçom californiana que lhes faz um seguimento anual, mas carece de exames, professores e currículuns. Finalmente o juiz deu a razom à família, mas unicamente no sentido de que a educaçom na casa nom se pode equiparar ao delito de abandono. Assim, indica-se à fiscalia que deveria pesquisar na via civil em lugar da penal, que "nom é o foro adequado", porque em qualquer caso no Estado espanhol a escolarizaçom é obrigatória. A batalha nos julgados nom parece estar concluida, mas ao menos afasta-se o temor a que o Estado espanhol lhes arrebate os filhos tirando-lhes a custódia.
Fábrica de 'bons espanhóis'
O Estado espanhol decretou a obrigaçom dos pais de entregarem os filhos ao seu sistema educativo para os moldear como bons cidadaos, funcionais à economia e ao próprio Estado. Pública ou privada, a educaçom permitida mantém os traços essenciais que a tornam imprescidível para o sistema político que nos governa: a submissom à autoridade estabelecida, a substituiçom da curiosidade natural pola ingesta dos conteúdos que interessam ao que manda, a competitividade, a imposiçom de normas incomprensíveis... A família de Sada que hoje tivo um respiro judiciário confrontou-se a essa imposiçom nom por motivos ideológicos, mas por sensibilidade: umha vez que escolarizárom o seu filho mais velho as conseqüências psicológicas fôrom tam brutais que nom pudérom suportá-las. Investigárom alternativas, e chegárom à educaçom nom-diretiva.